Série Discipulado - O Sermão do Monte - Lição 10
Publicado em 11/10/2021
“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt 5.33-37 - ARA).
Votos e juramentos eram uma prática judaica prevista na lei, mas Jesus instruiu seus discípulos sobre o fato de que os judeus estavam substituindo o nome de Deus. Jesus alerta que todas as coisas criadas por Deus estavam intimamente ligadas ao seu nome portanto, a responsabilidade é a mesma por mínima que seja, como o exemplo do um fio de cabelo. Como alguém pode jurar por algo que não tem domínio como céu e terra? Impossível! Não há poder no homem para isso. O que estava em jogo para Jesus era a veracidade das palavras e o cumprimento dos compromissos. Por isso Jesus não recomendou o juramento. O que muda nossa realidade eterna é o que está dentro e não fora de nós.
Verdade, responsabilidade e compromisso com o caráter de Deus são atitudes e comportamentos dos Seus filhos. Pensando nisso, devemos lembrar que embora não sendo judeus, a palavra de Deus é nossa regra de fé e prática; a palavra que sai da nossa boca tem poder para construir e desconstruir nossa realidade (Tg. 5.12). Por força de hábito e cultura ocidental, falamos o nome de Deus constantemente e por qualquer motivo. Como vulgarmente se diz, isso é: “Um tiro no pé”. Podemos verificar também que em Tiago 3:8-12 e Romanos 10.8-10, existe uma conexão entre o que se fala (boca) e a fonte do que se fala (coração), porque isso define onde nossa vida está conectada; se na verdade como filhos de Deus ou na mentira como filhos do diabo, já que ele é o pai da mentira (palavras do próprio Jesus em João 8:44).
A vida cristã é percebida especialmente pelos descrentes quando observam nosso testemunho. Por essa razão a nossa fala deve ser sempre como a comida, temperada com sal (Cl 4.6). Nossas palavras e atitudes atestam o caráter de Deus na nossa vida. Pensando nisso, devemos avaliar o conselho de Jesus para substituirmos qualquer juramento pelo simples: Sim, sim; não, não. Esta repetição significa falar e cumprir. A boca que fala sim e está em desacordo com um coração que diz não traz aborrecimentos sérios. Sabemos que o nosso coração pode nos enganar e por isso em todos os casos, consultar a Deus é no mínimo inteligente (Tg 1.5) sem jamais nos esquecermos de que as decisões finais são de responsabilidade nossa.