Série Discipulado - O Sermão do Monte - Lição 9
Publicado em 03/10/2021
“Porém o mestre da Lei, querendo se desculpar, perguntou: – Mas quem é o meu próximo?” – (Lc.10:29 - NTLH)
Você já passou pela experiência de receber ajuda de quem você jamais esperaria?
Jesus confrontou um “entendido religioso” com uma parábola para exemplificar o verdadeiro sentido de “amar o próximo”. Isso certamente surpreendeu os judeus porque samaritanos e judeus não se davam nem um pouquinho já que tinham uma rixa histórica. Com isso, Jesus estava ensinando que o próximo não é aquele que amamos de forma natural, que tem os mesmos valores religiosos, a mesma classe social ou faz parte do nosso círculo de convivência. Não! O próximo é aquele que está necessitado, ferido, incapaz de reagir diante de uma situação crítica da vida.
O Senhor colocou diante daquelas pessoas uma situação que parece ser resolvida para nós, mas não é verdade. Temos dificuldades em estender a mão para aqueles não conhecemos ou, pior ainda, às vezes não estendemos a mão justamente porque “conhecemos o passado” das pessoas. Fazer o que o bom samaritano fez é difícil para nossa natureza humana, tanto que Jesus teve que falar sobre isso. O sacerdote e o levita estavam preocupados consigo mesmos, com suas responsabilidades religiosas e deixaram aquele pobre homem ferido para trás; o samaritano “improvável” estendeu a mão sem ao menos ser visto por aquele a quem ajudou; sem pedir nada, semeou vida!
A lição de Jesus é que nos tornamos próximo de alguém quando conseguimos socorrer uma pessoa em sua necessidade. Para isso precisamos olhar a dor do outro ainda que tenhamos dores também. Problemas todos temos, dificuldades também, mas precisamos sair “da volta de nós mesmos” para estender nosso auxílio a quem precisa. Você sabia que quem mais ajuda é quem precisa? Sabia que é mais fácil uma pessoa que não tem o que comer compartilhar algo com quem tem fome do que alguém que tem sua dispensa abastada?
Não se iluda, amar ao próximo ou ser o próximo de alguém não é algo fácil. Exige renúncia, sacrifício e muitas vezes investimento até financeiro. Se fosse algo fácil não seria um mandamento, Jesus não teria falado sobre isso e Paulo não teria escrito que nos últimos dias as pessoas seriam egoístas amantes de si mesmas (2Tm 3;1-2). Que possamos ouvir o Espírito Santo e ser “suas mãos estendidas” na nossa geração e como filhos de Deus, extensão da sua amorosa Graça!