Série Discipulado - O Sermão do Monte - Lição 15
Publicado em 14/11/2021
“Não julgueis para que não sejais julgados”
(Mt.7:1 – JFA)
Perguntas para interação:
- Alguém já julgou você mal alguma vez?
- Você já julgou alguém e depois descobriu que na verdade julgou errado?
Antes de falar sobre a questão da hipocrisia, Jesus está enfatizando que os critérios que usamos para perceber as coisas são falhos, contaminados pelo pecado, tendenciosos e que por isso não podemos nos colocar na posição de juízes imprudentes e hipócritas. Embora sejamos instrumentos de justiça divina por meio do nosso andar pela Palavra (Rm 6:12-14), bem como orientados a discernir até mesmo profecias (1Co 14:29) não somos juízes perfeitos. Só Deus tem o poder inquestionável de sentenciar destinos (Tg 4:12). Isso mesmo, sentenças mudam destinos! Percebe o peso disso?
O fato é que pela nossa natureza somos rápidos em julgar, condenar e até executar os “outros”, mas quando se trata de “nós”, rapidez é só para pedir misericórdia. Perceba o coração de Deus revelado na pessoa de Jesus, que antes de nos julgar, veio para nos salvar (Jo.12:47). Na verdade Jesus está nos ensinando que devemos fazer a nossa parte anunciando o Evangelho e denunciando o pecado sendo luz! Isso é mais do que qualquer juiz poderia fazer, pois fala de algo eterno, que não é complacente ou conivente com o pecado; fala de uma justiça que tem um Juiz perfeito que criou tudo perfeito e um dia restaurará tudo conforme planejou.
Deus com juiz perfeito deseja na verdade denunciar o que está errado, trazer de volta Seu povo, curá-lo, devolver a ele a posição correta e torná-lo Sua propriedade exclusiva eliminando os inimigos da obra de Jesus e os que se aliançaram com o pecado. Como arrependimento genuíno é algo gerado no interior do ser humano, não poderíamos jamais julgar alguma coisa sobre isso. O fato é que se queremos, podemos e devemos julgar alguma coisa, isso podemos somente com relação a nós mesmos, olhando nosso interior e discernindo o quanto somos misericordiosos uns com os outros e nos arrependendo de sermos tão rápidos para “executar” e lentos para amar.
O caráter de um verdadeiro cristão não deve ser julgado pelo seu discurso, mas discernido pelo fruto do Espírito na história da sua vida.