Quando os discípulos de Jesus pediram: “Acrescenta-nos a fé” (Lc 17:5), reconheceram sua limitação humana diante do desafio de perdoar repetidas vezes, como Cristo ensinou. Este pedido revela que o perdão genuíno exige não apenas boa vontade, mas uma fé fortalecida pela graça divina. Para perdoar como Cristo, o primeiro passo é admitir a própria insuficiência e buscar auxílio em Deus, abrindo o coração para que o Espírito Santo produza humildade, compaixão e coragem necessárias para libertar o outro, e a si, das correntes da mágoa.
Em seguida, é essencial lembrar o modelo do próprio Cristo, que perdoou ofensas inimagináveis com amor sacrificial. Meditar em Sua misericórdia e graça nos inspira a agir de modo semelhante, mesmo quando nossas emoções resistem. Orar por quem nos feriu, entregar nossa dor a Deus e pedir um coração renovado são práticas poderosas. Ao mesmo tempo, é importante não negar o sofrimento: nomear as feridas é o início da cura. Buscar aconselhamento maduro, conversar sinceramente e estabelecer limites saudáveis também são atitudes que favorecem o processo do perdão.
Para quem sofre sob os escombros da falta de perdão, algumas dicas podem ser valiosas:
A experiência do perdão pode parecer impossível, mas quando a fé é acrescida, o impossível se torna caminho de liberdade. Perdoar não é esquecer, mas decidir não permitir que o passado defina seu futuro. Ao dar o passo de fé, mesmo pequeno, você estará respondendo ao chamado de Cristo, experimentando paz e se tornando também agente de reconciliação. Deus abençoe!
O texto acima é continuação da lição anterior “O Perdão e a Prática Cristã”.
JFS*